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Estímulos criativos raramente são extraídos de apenas uma única fonte. Quem me conhece sabe que, além dos Quadrinhos, sou um entusiasta cons...

Estímulos criativos raramente são extraídos de apenas uma única fonte. Quem me conhece sabe que, além dos Quadrinhos, sou um entusiasta consumidor de Música. É nessas duas matérias primas que encontro o meu lugar. Produzir Quadrinhos é uma poderosa forma de alcançar satisfação. Consumir, idem. E apreciar a Música não é muito diferente. Sou daqueles poucos caras que param diante de um aparelho de som para ouvir um disco na íntegra, com atenção exclusiva, como quem assiste a um filme, ou uma peça de teatro. O que não me coloca em posição melhor que a de ninguém… cada pessoa faz de seu tempo o que julga mais apropriado.

O universo da Música, com suas narrativas de bastidores e tudo o que envolve a composição de discos, letras, biografias, etc... atraem-me bastante. Isso desde os tempos de colégio, quando me descobri um Headbanger. Fato que já me trouxe bons momentos e também problemas e muito perigo. Como todos já desferimos e vamos desferir murros em pontas de facas no decorrer da vida, não jogo minhas mazelas no colo de qualquer obra de entretenimento. Desprezando todos aqueles eventos fora de nosso controle, atos arriscados e todas as nossas atitudes são responsabilidades as quais devemos assumir e responder.
 
Ao ler minha newsletter você saberá que não falo só de Quadrinhos e Desenhos, porque como disse ao iniciar esse post, as fontes de inspiração são múltiplas. Particularmente, encontro no gênero Metal em suas inúmeras ramificações um potente “remédio” para colocar os pensamentos no lugar, aguçar minhas percepções e clarear o olhar às ideias de meus horizontes. O Metal expande consciência e torna a vivência empolgante, vigorosa, intensa. É assim que me sinto ao ouvir minhas bandas favoritas, mergulhar na grandeza dessa Arte, tornando-a um paralelo à minha existência e parte de meu estilo de vida.

Meu personagem, Martin Holster, assim como a Mariana e o Ato Falho, naquele capítulo, “A Namorada Black Metal”, são exemplos de quando me deixo permear pelo referido gênero musical. Durante muito tempo, tentei não misturar as duas coisas, colocando o meu fazer artístico em uma seara distante de minhas predileções auditivas - o que é uma grande bobagem… porém, dentro de algum tempo até o presente tenho remediado isso, pondo na Arte alguns aspectos latentes de minha personalidade e isso tende a se tornar mais crônico à medida que envelheço. O tempo é um sábio!