outubro 2025 - Homem Quieto

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Trago um motivo originado de uma comemoração do mês que atravessamos. Trata-se da mudança de estação do hemisfério norte das Américas. Uma t...

Trago um motivo originado de uma comemoração do mês que atravessamos. Trata-se da mudança de estação do hemisfério norte das Américas. Uma tradição celta apropriada posteriormente pela religião católica e convertida em tema festivo nos países Anglo. Dentre nós, brasileiros, reconhecemos o ensejo como "Dia das Bruxas", as quais não há ligação alguma dentre os festejos.
 
Para mim, o Halloween tem o seu valor. Um bom pretexto para fazer tudo o que já faz parte de meus hábitos do início ao encerrar do ano: assistir filmes de Terror e ouvir Metal Extremo, bem como fazer desenhos temáticos. O lado sombrio permanece, a despeito de quaisquer incentivos sazonais externos. Pertenço a esses costumes, tradicionalmente, desde muito jovem.

Cada vez menos detalhes no esboço.

Também não sou um morcego a todo instante... preciso usar minhas máscaras sociais para lidar com o mundo. Quando em convívio com os que povoam o meu cotidiano, desempenho a minha (falta de) habilidade social perfeitamente. E acredite: quanto mais me esforço em ser sociável, parece que estou fazendo ao contrário.

Sketchbook novo. Nova marca, melhor papel.

Sou um personagem de Halloween na alma, porém sem fantasias para afastar os maus espíritos... mas sim, a rigor, para repelir pessoas. Dada essa oportunidade do ano, permito-me transparecer, neste texto e ilustração, as minhas peculiaridades nada elogiáveis. Essas, talvez só aceitas neste momento e pelos simpatizantes da referida data celebrada.
 
Comentei dia destes, com minha mãe que, ainda com minha personalidade e predileções, as produções artísticas de meu portfólio aparentam alegria e graciosidades. As tentativas de demonstrar um lado sinistro são sempre falhas. Esse traço paradoxal até que me agrada. Muitas vezes a expressão bem-humorada e um timbre menos sombrio pode tornar agradável cada Halloween que passa.

Resultado final. Mexi digitalmente no segundo plano (estava muito intenso).

Talvez, a razão de minha arte seja mesmo a de divertir, alegrar ou (quem sabe) trazer beleza para perto dos olhos e aquecer os corações. Porque sinto bem-estar ao desenhar. Essa atividade faz meus dias correrem com mais entusiasmo. Quando posso parar tudo e pegar um lápis e papel, minha mente se torna limpa. As preocupações se esvaem... qualquer sentimento ruim dá lugar à tranquilidade. Pensando bem, os aspectos alegres fazem bastante sentido. Em última análise, perfeitamente compreensível.