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Estive à procura de motivos interessantes para iniciar mais uma série. Optei pelas figuras femininas, o que é sempre muito legal de se desen...

Estive à procura de motivos interessantes para iniciar mais uma série. Optei pelas figuras femininas, o que é sempre muito legal de se desenhar - acho que quase uma unanimidade entre desenhistas e pintores. A escolha temática foi por garotas com um estilo de vida alternativo: o das fãs de Rock e Metal. Surgiram, então, as Metalhead Girls.
Para me inspirar, eu apenas abria o Pinterest, digitava no search "Metalhead Girl" e começava a traçar essas meninas tão carismáticas. Gostei bastante do processo, que para ser honesto, foi de fácil execução. A série inteira foi desenhada digitalmente, sem prazo ou meta, era só quando sobrava algum tempo mesmo.
As publicações seguiram o costumeiro: Instagram, Twitter e DeviantART. E agora, registro aqui no blog a conclusão da brincadeira. 
 

Estamos às raias da segunda metade deste ano, já percorrido pelos mais diversos e relevantes acontecimentos em todas as esferas. Dentre ela...

Estamos às raias da segunda metade deste ano, já percorrido pelos mais diversos e relevantes acontecimentos em todas as esferas. Dentre elas, as relacionadas aos Quadrinhos e entretenimento de massa em geral. Para o quadrinista disposto a tornar sua arte visível, é impossível ter indiferença frente a alguns eventos de grande importância ao planejar a sua agenda.

Com a Noite Escura (minha HQ mais recente) sob meu braço, tomei a resolução de que levantaria do sofá para ver a verdade lá fora. E foi a partir desta decisão que tive como paradeiro a Comic(con) Floripa 2019, ocorrida nos dias 08 e 09 de junho em Florianópolis.

 
 Pouco depois de abrirem os portões.

Mesmo após tanto tempo fazendo quadrinhos, foi primeira vez que estive em um evento de cultura pop da grandeza da Comic(con) Floripa. Minha participação foi como expositor no Artists´ Alley, ao lado de artistas admiráveis, alguns dos quais eu previamente já tivera contato com a divulgação de seus trabalhos através da internet.

Toda a organização impecável me trouxe admiração, pois o evento foi orquestrado com a máxima competência. O ambiente e estruturas do CentroSul são proporcionais ao exigido pela ocasião, tornando a experiência primorosa em todos os seus pormenores. E os artistas tiveram a atenção devida, respeito e um tratamento afetivo.


Várias atrações aconteceram simultaneamente: workshops, palestras, mesas de jogos, videogames, vendas de materiais de merchandising relacionados e um concurso de cosplayers - possivelmente nada tão inédito a quem esteja habituado... Mas para mim, um grande barato de se presenciar. Claro que acompanhei tudo parcialmente, pois havia a necessidade de cuidar de minha mesa (ainda que eu estivesse acompanhado).
 
O CentroSul se transformando, quando voltei do Snack Bar após um misto quente.
 
Dentre bons momentos e lembranças, eu trouxe também um volume adicional de bagagem: uma visão aprimorada sobre produção e divulgação de trabalhos autorais. No percurso de retorno, rodando a BR 101 - em torno de 200Km entre Florianópolis e Criciúma -, eu e meu irmão (companheiro nessa missão) discutíamos, dentre outros assuntos, sobre quais os caminhos na busca por público, divulgação e visibilidade dentro da produção de HQs. Nossas conclusões foram diversas, e talvez, a mais importante, de que ser quadrinista independente não é apenas criar, escrever e desenhar - há muito mais ser feito e a ser aprendido. Um trabalho necessariamente ainda mais árduo.