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Pretendo finalizar, ainda este ano, o terceiro ato de Ato Falho. Nos três primeiros atos constam informações importantes a quem acompanha ...


Pretendo finalizar, ainda este ano, o terceiro ato de Ato Falho. Nos três primeiros atos constam informações importantes a quem acompanha a série, mas ainda preliminares à narrativa principal - duas peças possíveis de serem lidas distintamente. Em resumo, acabaremos os três primeiros volumes com os acontecimentos decisivos na carreira de Martin Holster, a conclusão do envolvimento entre Lucy e Alfredo, juntamente às revelações que trarão a aproximação de Daniel aos demais.

A produção e publicação simultâneas da história me obrigam a separar cada capítulo em duas partes de 10 a 12 páginas cada. O que ainda me traz dúvidas se estou alcançando o efeito correto - ou desejado - sobre o leitor. Mesmo lendo comentários dos seguidores, ainda me falta a clareza se a HQ está sendo saboreada apropriadamente, funcionando segundo meus esforços de tornar os personagens o mais possivelmente marcantes.
 

O Ato Falho caminha em direção ao terror, ao suspense. Meu intento é esse. Admitindo minha admiração pelo selo Vertigo, principalmente dos anos 80 e 90, não negarei a influência - esta que já foi percebida por alguns leitores (uma lisonja, acrescento). E embora eu receba bem a tais comparações, ao mesmo tempo venho trabalhando para me afastar desses moldes, pondo sobre eles meu próprio estilo e maneira de contar minhas histórias. Sou um autor que ousa pensar - com alguma certeza - de que tem um traço e uma voz dentro das próprias peculiaridades.

A arte tem me sido satisfatória, as cores e arte-final desempenham bem as suas funções. A quadrinização é uma das partes que vem me trazendo surpresa - de forma positiva. Ainda que não a ideal, percebo uma certa fluidez, uma característica pela qual eu costumava ter muitas dificuldades em meus antigos experimentos. Quem esteve comigo em meus quadrinhos online (Picadeiro Mambembe, Lucy, Daniel, Vandalistia, Hana-O e Bianca - A Quadrinistas), talvez saiba do que digo, e essa preocupação vem sendo estudada com o devido cuidado, ainda que as percepções sobre ela por parte do público não tenham se manifestado muitas vezes. Seria eu mesmo o meu crítico mais impiedoso?

Avisto boas surpresas a quem acompanha meu livro em forma de webcomic. E, olha, por mais otimistas que sejam as linhas deste post, sigo bastante pensativo a cerca do que tenho escrito e dos planos futuros. Para ser preciso, sobre o que vem posteriormente ao terceiro ato, quando as engrenagens começarão funcionar para valer, trazendo histórias paralelas, revelações sobre o passado e o mote central da união dos personagens. Trabalhar nisso não tem sido fácil, mas também a cada momento muito empolgante (é grande a vontade de mostrar isso tudo ao mundo).

Sempre me esquivei de Inktobers e outros desafios do gênero. Meus argumentos eram o desinteresse e o de não simpatizar com a proposta do ev...

Sempre me esquivei de Inktobers e outros desafios do gênero. Meus argumentos eram o desinteresse e o de não simpatizar com a proposta do evento. Me negava a cumprir uma arte por dia durante um mês inteiro. Sei que essa é a graça do desafio, porém, tal regra agradaria a artistas muito diferentes de mim naquele momento.

Hoje, considero essa recusa toda como uma forma de bloqueio ao que eu deveria me adaptar: o pouco tempo de execução das artes - como terão a maioria dos demais participantes - e também a publicação acelerada, anulando as possibilidades de alterações e ajustes (mais uma vez digo: não serei o único). Oras, não fossem as dificuldades, não haveria por que se chamar "desafio".

Meu arsenal com principiante.
Nesse ano tomei a resolução de participar do evento, pondo de lado meus preconceitos - e receios de não "fazer bonito" -, permitindo-me um mês de outubro diferente, uma ocasião memorável na qual estarei envolvido com a arte e o desenho. Comecei a me preparar desde 27 de setembro, planejando e separando materiais. Minha intenção é a de completar o desafio até o fim (espero conseguir).

 
Seguirei uma lista - feita por mim - onde estão os monstros e outros personagens obscuros do cinema/literatura/música/imaginário/etc na pele de garotas/mulheres. Pretendo retratar esses seres, só que com aspectos femininos mais evidentes, ou seja, mais peso para me auto desafiar. Os materiais para desenho são o meu arsenal básico, escolhido com cuidado para não ser demasiado e nem menor do que o necessário. E as publicações serão no instagram (www.instagram.com/andycorsant).

Pois bem, vamos ao #inktober!