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Editar publicações de modo profissional em um software open source - e inteiramente gratuito - já foi uma utopia para muitos profissionais d...

Editar publicações de modo profissional em um software open source - e inteiramente gratuito - já foi uma utopia para muitos profissionais do ramo. Pelo menos até meados do ano de 2002, com lançamento do Scribus. Trazendo diversos recursos e a compatibilidade com a maioria dos sistemas operacionais para desktop em torno do mundo, essa portentosa ferramenta conquista amplamente diagramadores em busca de múltiplas possibilidades e nenhum dispêndio adicional. A cooperação com desenvolvedores da linguagem C++ e o patrocínio de empresas respeitáveis, fez o Scribus alcançar uma ótima reputação, hoje se tornando, também, uma opção aos quadrinistas desbravadores da editoração eletrônica. Com isso, o miraculoso software volta à baila - gratamente - aqui neste espaço, em um segundo tutorial. [O primeiro está aqui]. Role para baixo para ver como balonar nessa maravilh
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Antes de tudo, sugiro que você gerencie as camadas dessa forma acima: uma camada para o painel (página de quadrinho), depois balões e textos.

Tenho preferência pelo balão feito com a elipse. Gosto da simplicidade desse elemento, já que ele tem bom encaixe em quase qualquer quadro. Nesse caso, uso a ferramenta “elipse”, na caixa de ferramentas e em seguida…


…clico na janela flutuante “Propriedades” para definir a cor e espessura do traço, também as cores de preenchimento.


01 - Apêndices na Elipse.





Você pode adicionar ou subtrair nós e editar as curvas dando um clique duplo na elipse, abrindo a janela flutuante “Nodos”.
Observe os ícones de edição de nós. Cada um deles é usado para um modo de modificar as formas (para ver a função de cada ícone, basta deixar o mouse sobre ele). No topo, com o segundo da esquerda para a direita (Adicionar Nodos) adiciono três novos nós, na posição desejada , depois no primeiro ícone "Move Nodos" "puxando" o nó do meio para fora para formar o apêndice.
Há quem prefira o apêndice do balão reto... Se fizer uma curvinha ele fica com mais cara de “desenho”.



02 - Balões Retangulares.





O balão também pode ser um retângulo com os cantos arredondados. Acho bem bacana. Para fazer um, basta criar um retângulo e na janela flutuante “Propriedades”, mover as arestas do objeto com a aba "Forma".
Para fazer o apêndice do balão, é igual à elipse.



03 - Balões de Destaque.



Agora, quando quero fazer um balão “diferentão”, ou cujo texto precisa de mais “destaque”, crio um retângulo e depois uma "estrelinha"…




É necessário fazer 4 estrelas de 8 pontas.



Dá para editar a estrela dando um clique duplo nela.

Em cada uma delas vou em: item/converter para/polígono.

Lembre-se: é muito importante repetir esse processo em cada uma das estrelas.



Com as estrelas posicionadas nos cantos do retângulo...

Uno as estrelas com o balão em: item/ferramentas de caminho/operações de caminho.


Abrirá essa janela. Aqui você faz do jeito que mostra o screenshot.


Caso você queria editar o balão sem o deformar, clique duas vezes nele, vá no ícone "Move Nodos", selecione os dois cantos para expandi...
 
...e use as setas para mover até o tamanho desejado.



Voilá!

Com certeza farei outros tutoriais outros. Tenho outras coisas para mostrar.

Obrigado ao visitante e espero ter sido útil.

  Em uma conversa recente de inbox, um camarada - excelente ilustrador - disse que só trabalha com ilustração por causa do “dinheiro”. Perg...

 

Em uma conversa recente de inbox, um camarada - excelente ilustrador - disse que só trabalha com ilustração por causa do “dinheiro”. Perguntei se não havia prazer no dia a dia… ele insistiu no “dinheiro”, pois faria qualquer outra coisa com a qual lucrasse e pagasse as contas (além de reformar a casa, etc..) Até um ano e meio atrás, quando tentei transição de carreira para ilustrador, esse mesmo cara me aconselhou e deu umas sugestões sobre o mercado. E nessa última conversa, me chamou justamente para saber a respeito de como eu ia na profissão. Contei que havia sido apenas uma “fase” e eu estava em um emprego legal, além de já me encontrar em uma idade complicada para transitar de carreira, etc...  algo que aparentemente não o deixou surpreso.

A Arte Sequencial é a minha religião, mas o Design Gráfico é minha profissão. Sou grato por isso e coloco uma pedra sobre o assunto. O que não é um ato de resignação, mas sim o de admitir a força do ofício que exerço… o Design é um exercício cujo grande poder permite tocar o longínquo através do manejo de substâncias visuais. Com ele é possível conceitos influírem nas decisões importantes - ou milagrosas- nas vidas das pessoas. Criar peças nas artes gráficas efetivas é como avistar o escopo e traçar uma estratégia para o atingir em cheio - não deixando pedra sobre pedra.
 
Indo além do trabalho com os softwares, o Design Gráfico requer prática e teorias, e todos os seus meandros para obter sucessos. Descobrir todos os dias o gosto pela profissão é uma bênção. A cada trabalho entregue estou oferecendo também - frequentemente profundamente exaurido - uma lasca de minha alma (já há esta altura em estado terminal). Os processos envolvidos nos Design Gráfico são desafiadores e causam uma dose extra de satisfação. Fazer Design é viver experiências bem antagônicas: estando sempre entre a aflição e a serenidade… um desconforto gostosinho, digamos assim.
 
Minha única “bronca” é com a publicidade (para o que trabalhei quase a vida toda), mas eu "ela" convivemos e nos tolerando diariamente, sob a sombra do escárnio e do carinho. Tudo tem o seu lado bom e seu lado ruim, o equilíbrio nem sempre é possível, mas sem ele perigamos tombar… algo que “gatos escaldados” e “macacos velhos” não permitem acontecer. Tocando nesse ponto: como é bom lembrar o quanto aprendi com colegas de profissão. Pessoas muito legais embarcaram ou me deram "carona" nessa longa e dura estrada onde estou rodando. Uns deixaram saudades, outros ainda estão por perto... enquanto há aqueles dispensáveis até nas lembranças.