Quando a escolha é o papel como suporte, o artista deve valer-se de alguns cuidados e lançar mão de ferramentas que permitam a boa utili...
Quando a escolha é o papel como suporte, o artista deve
valer-se de alguns cuidados e lançar mão de ferramentas que permitam a boa
utilização desse delicado material.
Se o objetivo é ter uma arte bem apresentada, uma das
principais etapas é limpar o desenho, transferindo-o para a folha destinada à
arte-final. Os processos iniciais de uma obra, como os esboços e definição do
traço, podem maltratar a folha e prejudicar a aplicação de tintas, seja o
nanquim ou até mesmo a aquarela.
Há quem não se importe e até goste dos “efeitos” resultantes
dos esboços sob a finalização. Mas isso é uma questão de preferências pessoais, também muito válidas.
No meu caso, sempre usei uma lâmina de vidro para fazer a limpeza
de meus traços, utilizando-a com certa insegurança e dificuldade, pois a escorava
sobre alguns calços – livros por exemplo – para posicionar uma luminária entre eles
e a mesa. Uma gambiarra que até dava um jeito, mas que, como o dito, se
mostrava desconfortável e de difícil manuseio.
Com uma busca nas principais lojas virtuais de materiais
artísticos, pode-se encontrar algumas mesas de luz muito boas, com variedade de
tamanhos, modelos e dos componentes do dispositivo.
O investimento é o que traz dúvidas na hora da aquisição. Variando
entre R$ 500,00 e R$ 2.000,00.
E por que eu não poderia fabricar minha própria mesa de luz?
Munido de uma régua e do Adobe Illustrator, fiz um projetinho em pouco tempo.
Levei esse desenho a uma marcenaria e conversei com o profissional
de lá explicando para o que se destinava a peça e ele topou fazer. Aplicando algumas melhorias na execução física da mesa, o marceneiro entregou a peça
em uma semana.
Quando da concepção do projeto, lembro que minha preocupação
era a instalação elétrica. Mas havia uma solução fácil. Em uma loja de materiais
de construções, encontrei uma lâmpada fluorescente tubular de 20W, medindo
pouco mais de 30cm, que já vinha com calha, cabo para plugar na tomada e não
necessitava de reator. Só fiz fixá-la no fundo da mesa com fita dupla face, e
estava pronto.
A respeito da tampa tansparente, a princípio seria
feita de acrílico leitoso, mas não o encontrei na época e substituí por vidro branco,
o que trouxe resultado similar. O importante era que fosse translúcida e branca, para espalhar a luz.
O total investido foi cerca de R$90,00, com mão-de-obra e
materiais. E tive ainda a satisfação de ter uma peça exatamente do jeito que desejava.