Quando concluí o meu segundo zine, o Prisma Negro, parti para muitas experimentações em artes-finais, em busca de resultados diferentes dos que eu obtinha naquele momento. Eu estava descontente com os acabamentos das Unipin 0.5 e do pincel atômico, empregados em todo o processo do Prisma Negro e nas demais finalizações do mesmo período.
À esquerda, os pinceis Tigre, muito usados nas salas de aula. Em seguida, os Condor 00. |
O pincel integrou-se ao meu traço a partir de algumas ilustrações que fiz para a versão antiga de Ato Falho, quando me habituei a arte-finalizar em papeis de melhor qualidade - que suportavam doses generosas de nanquim -, até então ausentes nas papelarias mais próximas. Meu auto desafio era o de fazer com que meus painéis fossem concluídos com limpeza e capricho impecáveis.
O pincel Tigre, dos mais simples, foi o primeiro a ser testado e a me trazer satisfação. Passei a me acostumar com a empunhadura de seu corpo esguio e ao traço de tão difícil controle.
Variações de espessura de traçados oferecidos pelo pincel. (Quadros de uma página suprimida do primeiro capítulo de Noite Escura) |
Para que eu adotasse o pincel em definitivo, bastou-me testar a marca Condor 00. Essa ferramenta que me custou pelo menos R$8,00, foi a mais usada em minha atual HQ, a Noite Escura. O resultado foi inteiramente de meu agrado, de modo que, pretendo tornar essa a minha principal forma de finalização.