As tradicionais equipes criativas, das agências de publicidade, estão entregando a vez a profissionais liberais (solos ou em pequenos grupos). Eles dominam, contemplam e até vão além das referidas prestadoras de serviços.
Estamos presenciando a era mais “visual” dentre todas na história. Há tempos, a aparição nas telas e monitores em torno do mundo deixou de ter a indiferença dos líderes corporativos. Variados setores empresariais estão preocupados com a presença nas mídias mais acessadas. Deste modo, recorrem amplamente às Artes Gráficas, em busca de sua proposta mais imprescindível: a de entregar visibilidade e um lugar de destaque no mercado.
As disciplinas de propaganda (do design ao copywriting) receberam um impacto irreversível logo após virada do milênio. A distribuição regular da banda larga nos polos distante do planeta foi vital. Assim, a valorização multimídia, bem como as novas linguagens tecnologicamente disseminadas, fizeram com que a vanguarda da comunicação visual mudasse radicalmente os seus conceitos.
Não é de hoje que as Artes Gráficas se caracterizam por beber sempre da sua própria história, usando constantemente a reciclagem, ou a ruptura com tendências anteriores. Direções retomadas ao longo da primeira metade dos anos 10, junto ao desvio da atenção às velhas mídias e o avultar dos entretenimentos eletrônicos e o consumo digitalmente exponencial.
Quando ainda não estávamos habituados aos repertórios e interfaces dos softwares hoje tão populares, dominá-los era um privilégio. Em 1998, ao me aliar com o cotidiano de uma agência de publicidade, o cenário apresentava um panorama diferente e de algumas peculiaridades passíveis de romantização.
Era uma rotina mergulhada em volumosos livros de referências e gigantescos bancos de imagens impressos - além de muito café, cigarros e Coca-Cola. Habituei-me à profissão seguindo sempre as orientações oferecidas com altruísmo pelos diretores de arte. Fora isso, quase tudo dependia das tentativas e erros e da observação.
O que nos cerca hoje é menos adverso. As prerrogativas democráticas de acessos aos meios acadêmicos e a velocidade instantânea da comunicação são definitivas. Um caminho aberto aos interessados em dominar e evoluir nos diferentes campos de aprendizado - dentre eles, as Artes Gráficas.
Os recursos também são infindáveis: bancos de imagens, editores online, elementos pré elaborados, IAs
Generativas (Inteligências Artificiais), etc. Somos
servidos de alternativas e facilitadores diversos, progressivamente… Com esses inúmeros recursos, o profissional está situado em uma realidade diferente de um passado em que as jornadas criativas exigiam processos exaustivos e desdobramentos bem mais morosos.
janeiro 09, 2025
As tradicionais equipes criativas, das agências de publicidade, estão entregando a vez a profissionais liberais (solos ou em pequenos grupos...