Observando atentamente a minha produção em uma curta retrocedência, dou-me conta do quão repetitivo me tornei à medida em que avancei artisticamente. No que se refere à figura humana, há várias recorrências as quais lanço mão e que me parecem ser nada menos que um amadurecimento estilístico por vias da reincidência. Sem receio algum de ter me tornado um desenhista "carimbador" e menos ainda de ser dono de um traço cheio de “vícios”, estou feliz com todas as particularidades do meu lazer de fins de semana.
Um lápis na mão e muito a fazer. |
Quando abordamos os inúmeros tópicos sobre Desenho e Quadrinhos, podemos ser menos severos. Ao girarmos o globo terrestre da internet, veremos artistas juvenis, ou adultos com tempo limitado de prática, exibindo ótimas peças, boas técnicas e excelentes resultados. As imperfeições e os inevitáveis erros estão sob nosso olhar… mas para que tanta exigência? Isso ao passo em que profissionais, há décadas, trabalhando em tempo integral e exclusivamente nessas Artes, demonstram erros - esses sim - inadmissíveis.
A Arte nunca foi competição (deixemos isso aos esportes), o saber não é exclusividade de ninguém e, menos ainda o virtuosismo se faz imprescindível. Cada indivíduo está apto a fazer o seu caminho, há alternativas... há meios de se conseguir a realização artística. A mais positiva apologia é à liberdade, às oportunidades e às grandes, pequenas e imensas conquistas dos amantes da Arte. A palavra “dom” não tem significado para mim, menos ainda “vocação”, acho bem mais verídico a vontade de seguir uma paixão e fazer dela uma busca plenamente alcançável.