novembro 2024 - Homem Quieto

Páginas

  Manifesto o meu orgulho por cultivar este blog. Embora as muitas transformações, dentre elas até mesmo o domínio (endereço da URL), aqui t...

 Manifesto o meu orgulho por cultivar este blog. Embora as muitas transformações, dentre elas até mesmo o domínio (endereço da URL), aqui tive voz ao longo de seis anos. Houve um hiato do final do ano passado ao meio deste ano, o qual me fez perceber quanta falta faz e a importância de um blog em minha vida. Esse retorno inevitável aconteceu no momento de reconciliação com a necessidade de me expressar com a escrita. Tendo a certeza de que minhas intenções são as de oferecer reflexões comprometidas com meus fazeres artísticos de forma honesta e sincera, prossegui blogando ainda mais dedicado.
 
Todos os textos são os meus vislumbres a respeito de quase tudo o que me cerca e me mantém entusiasmado. Minhas reflexões, das mais abstratas às mais práticas, representam a motriz das minhas palavras. Estou sempre entre tentativas de ser melhor post após post, para que as mensagens tenham a minha voz e também sejam acessíveis a qualquer leitor. Redigir cada parágrafo é gratificante, ainda mais quando os assuntos me são tão relevantes. Dentre todos os meus hábitos e prazeres, a escrita e as publicações voltam a ser permanentes.
 
Como costumo dizer: "Levo comigo somente minha mesa de desenho, meu sketchbook e meu blog". Ou seja: a casa virtual, onde resido, está dentre tudo o de mais importante do meu dia a dia. É o meu lugar de dialogo pessoal com o mundo, onde posso ter a satisfação de articular pensamentos e informações livremente. Uma autopercepção que tenho, é a de que me comunico melhor através de textos e imagens. Ser discreto e ter comportamento introspectivo não são novidades aos que me cercam. Portanto, apego-me às paixões e continuo na resistência de viver ao meu modo. Da mesa de desenho, ao sktechbook, chegando finalmente ao blog, tenho janelas abertas à imaginação. As frases aqui depositadas são meu jeito de transferir em palavras os sentimentos e as experiências pertencentes às sensações de ser um Artista.
 
Por último, só tenho a agradecer a quem me lê. Sou atento às pessoas interessadas por meus assuntos, tendo-as como um público pelo qual prezo e assim sempre o farei, seja qual a situação de minha vida. E também quero deixar aqui uma última informação. Todos os comentários desapareceram quando mudei de URL, devido ao Disqus e foi acidental. Realmente algo a se lamentar, mas registro aqui essa infelicidade, para esclarecer que jamais excluí qualquer comentário.

    O leque se abre quando vamos partir à lineart de um desenho. No papel ou digitalmente - tanto faz -, está tudo à livre escolha, é só opt...

 
 

O leque se abre quando vamos partir à lineart de um desenho. No papel ou digitalmente - tanto faz -, está tudo à livre escolha, é só optar por como será a finalização. Antes, isso já fora chamado de arte final: a etapa do processo quando os últimos retoques são empregados. Pensa-se muito em aplicação de tinta na arte final... entretanto, muitos aspectos compõem esse momento. Hachuras, linhas e sombreados darão o aspecto ao desenho quando ele será abandonado definitivamente. Muitos têm medo quando situados aqui. Temem "estragar" o que começou. O que se trata de uma bobagem. Os métodos digitais eliminam esses temores, sendo possível voltar para antes do ponto em que errou, ou mesmo, eliminar as falhas sem vestígios. Quando no tradicional, até ser exímio na Arte, erra-se muito mesmo. Fazer o quê? Uma mesa de luz, ou tinta branca resolvem.
 
Observando os desenhos de nossos exitosos artista prediletos, podemos escolher nossas preferências. Quando se quer exibir um estilo semelhante, a cópia trata de ser uma prática bastante útil... Incluso na arte final. É uma maneira excelente de se desenvolver e entender o desenho em muitos sentidos. Copiar, para mim, foi um grande problema, pois eu acreditava que assim não cresceria como artista. Ter evitado a cópia direta no desenho me levou a dois caminhos: desenvolver minhas estilizações e recorrer a referências fotográficas. A fotografia se torna uma aliada nos trabalhos autorais quando existir a disposição de se acrescentar a imaginação ao que se está observando.
 
E as estilizações foram surgindo com a repetição e a necessidade de identificar - segundo o meu ponto de vista - cada elemento retratado. Exemplificando: tecidos, cabelos, traços de rostos e etc, são bem reconhecíveis no que faço. Mesmo não sendo 100% eficientes, as estilizações me permitem segurança para explorar. Meus cenários, luz e sombra, bem como as figuras humanas são padronizados, colocando-me muito à vontade para desempenhar quaisquer execuções. Zona de conforto? Sim... Eu gosto muito da "zona de conforto", e já falei sobre ela aqui anteriormente. Com muita honra, tenho meus progressos, expandindo habilidades dentro de meu território, tendo toda a satisfação que isso proporciona.

Algo, que gosto, e jamais abandonarei é a lineart mais encorpada. Linhas feitas com pontas de pincel (ou brushs digitais) com espessuras maiores dão formas agradáveis ao estilo e funcionam bem ao que me proponho a fazer. É muito legal aplicar o traço com variações, iniciando de leve, encorpando e voltando à leveza. Para os detalhes, costumo também usar canetas técnicas 0.5 no papel e o brush 0.10 nos softwares. Acho satisfatório essa troca de materiais para aplicações específicas, pois parece ser mais profissional. A arte final para mim é isso: deixar no papel a impressão que tive em minha mente para aquele desenho. Acho essa parte muito divertida!