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Um dos aspectos mais evidentes do desenho é a arte final, mesmo se só tivermos o esboço e ele ter sido considerado finalizado. Leonardo da V...

02/02/2023 - Linearts e Suas Escolhas

 

Um dos aspectos mais evidentes do desenho é a arte final, mesmo se só tivermos o esboço e ele ter sido considerado finalizado. Leonardo da Vinci nos disse um dia:  “A arte nunca está acabada, apenas abandonada”. Mesmo desse jeito, consideremos o acabamento de um desenho no qual há o uso de linhas, tendo em vista os maiores ou menores pesos usados para transmitir a mensagem desejada.

[Divulgação] Will Eisner.

Os contornos grossos expressam maior comicidade, enquanto os delgados pendem à austeridade. Mas toda a regra tem as suas exceções, como bem sabemos. Por vezes, a utilização de ambas as possibilidades também são úteis quando a intenção é a luz e sombra dentro do preto e branco. As técnicas de finalização têm, cada uma delas, as suas vantagens e dificuldades, para assumir uma delas é necessário algumas facetas.
 
Falando de mim, quando o desenho necessita de precisão e detalhes, recorro às canetas técnicas fininhas. Dou-me bem com as 0.5 e 0.8. Para contornos gerais, uso o pincel (às vezes aqueles baratos), ou brushpens (maravilhas vindas do oriente) aplicando tracejados rústicos e com pesos maiores. Outra de minhas características (vamos chamar assim) é a pouca preocupação com exatidão, permitindo-me fazer traços tremidos.

[Divulgação] Elektra por Bill Sienkevics.
O anglicismo estadunidense adquirido pelo nosso vocabulário mais contemporâneo é a chamada “lineart”, que ao pé da letra (ou literalmente) significa “arte de linha”. Gosto de falar dela quando é sobre os Cartoons, Quadrinhos e congêneres. Minhas predileções não são novidade, já falei delas aqui. Para não me repetir, farei uma revelação bem diferente do que tenho em meu mapa de influências, já conhecido por uma boa parte das pessoas que me acompanham.
[Divulgação] Painel por Will Eisner.
Sou fãzão de Ted McKeever, a Arte dele me leva no bico direitinho. McKeever até já me notou uma vez, quando me linkou no seu extinto blog. O legal é a ousadia e o estilo do cara. Talvez o leitor não conheça o Ted, mas no corpo do post, está algo desenhado por ele. Conheci os seu trabalho na revista Hellraiser, nos meus “anos incríveis” ainda no desabrochar de minha puberdade das HQs, Cinema e Música. A vida me ofereceu uns lances muito legais, deixando belas marcas em meu senso Artístico.
[Divulgação] A inspiradora arte de Ted Mckeever.

Dentre meus gostos pessoais, há muitos exemplos de entretenimento possíveis de se mencionar. Exemplos fora dos habituais, que foram fatídicos em minhas descobertas nos tempos distantes dos que me encontro. Sou apegado a todas essas coisas que me rodeiam, pois elas fazem parte de minha expressão, são minhas referências e inspirações. Estou ligado a elas por um cordão umbilical criativo.
 
Mas... Falávamos de Lineart, não é? Sim, os Artistas, em geral, falam dela na internet. Pois bem: sobre arte final, pelo menos, falamos um pouco.