15/11/2025 - Heavy Metal - Homem Quieto

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A revista Heavy Metal estreou em 1977, na França e posteriormente surgiu o licenciamento para publicação nos EUA, chegando ao Brasil em 1995...

15/11/2025 - Heavy Metal

 
A revista Heavy Metal estreou em 1977, na França e posteriormente surgiu o licenciamento para publicação nos EUA, chegando ao Brasil em 1995. Estive com algumas edições nacionais em mãos, adquiridas nos sebos da cidade. Simon Bisley, Milo Manara, Moebius dentre outros grandes nomes fizeram parte da galeria da Heavy Metal. Era uma revista de alto nível. As temáticas da época se caso estivessem sendo veiculadas hoje, talvez gerariam boicotes e críticas por parte de pessoas sensíveis na internet. Compreensível, passaram-se décadas. Não acompanhei como se manteve a linha editorial após os anos 90... 
Algumas escolhas foram abandonadas da fase do esboço.

O nome "Heavy Metal" já diz um pouco de seu conteúdo. Fantasia, horror e sci-fi, dentre violência, comportamentos perigosos e erotismos. As capas traziam imagens fortes e impactantes. Neste post, tento colocar a minha personagem Vivi Morbi em uma situação semelhante àqueles temas... está feito, ao meu modo, satisfatoriamente. Ainda sobre a revista, ela foi derivativa do movimento musical do seu momento. A ousadia e a rebelião estavam em alta dentre os jovens. Transgredir era obter uma boa reputação entre as tribos urbanas e nas noites. O Heavy Metal trazia o poder da desobediência e no desafio à moral: uma forma de pôr abaixo qualquer agente repressor.

Já como gênero musical, há quem pense no Heavy Metal como um estilo capaz de pôr em jogo o bem-estar de pessoas com problemas psiquiátricos. Isso devido à sua sonoridade e as suas letras... tudo levado ao extremo, ao desequilíbrio. Para mim, o oposto. O Heavy Metal (e seus subgêneros) me faz bem. O Metal Extremo e sua estética me causam familiaridade, identificação e prazer. Escolho muito bem minhas audições e se eu sentisse qualquer problemática, pararia imediatamente. Só tenho muita empolgação e deleitosas apreciações.

Me dei muito bem com esse sketchbook. 

As drogas, como um todo, estão no lado de fora de minha vida. Tenho aversão, à exceção de meus remédios para a saúde mental. O carinho da família e os cuidados de meu médico provém meus melhores dias. Mesmo com a vida ligada ao Heavy Metal e ao Rock, nos quais as atitudes e lemas são ousados... Sou pura calmaria. Dispenso excessos, ficando apenas com a música.

Opto apenas por ser correto. Ser justo. Honesto. A tranquilidade da vida pacata tem importância preferencial à qualquer outro ímpeto. Encontro a aventura nas criações artísticas. Não quero agito, não quero muito falatório, nem badalação. O encontro comigo mesmo basta. Tenho o afeto familiar, dos amigos e do Tander, meu animal de estimação. A adoração à autoestima e à arte nutrem meu ser como uma força vital externa e interna. Sou confiante assim. Embora frágil, também tenho uma fortaleza dentro de mim.

Na finalização, muitos improvisos.
Para não fazer minha imagem como a de um "santo", revelo já ter sido fumante e ter usado muito álcool… hoje os vejo como hábitos questionáveis e incompatíveis comigo. Porém, tenho o café... Aos sábados à tarde, costumo tomar café ir até minha prancheta para sessões de desenho. Antes do desenho, sempre o café. Para mim, uma bebida sagrada e saborosa. Por tê-lo deste modo, não faço abuso do café. O seu efeito e sabor são para momentos especiais, para a fagulha da criatividade e o relaxamento... às vezes, para uma boa conversa.