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Todos sabem que sou da velha guarda, um senhor com gostos peculiares e fortemente atraído pelas Artes. Da música aos videogames, sou um hobi...

Todos sabem que sou da velha guarda, um senhor com gostos peculiares e fortemente atraído pelas Artes. Da música aos videogames, sou um hobista fora do risco de cair no tédio. Minhas recordações mais culturalmente memoráveis (já relatadas aqui) ainda hoje são tão vívidas que me fazem sentir os sabores da alvorada da vida. Os desenhos chegaram até mim através dos gibis do Conan, revista MAD, X-MEN, Transformers e a Crash Magazine. Meu interesse artístico também teve a sua ignição com o universo em torno do ZX Spectrum. Aquele computador pequenininho com teclas emborrachadas, acompanhado de um toca fitas e ligado à TV, era um outro mundo diante de meus olhos. Uma máquina simples que encantava meu lar. Gibis, revistas, computador… Esses foram os ingredientes cuja magia era capaz de me pôr em uma forma de viver à parte, dando as costas à massacrante “realidade”.

Nas telas do ZX Spectrum, a computação gráfica, com todas as suas limitações, já era miraculosa. Os pixels enormes, as poucas cores e o processamento incrivelmente abaixo dos que conhecemos hoje, não deixavam de ter uma enorme potência para a criatividade. As telas de carregamento traziam ilustrações de fantasia e ficção científica, os joguinhos instigavam a curiosidade e desafiavam habilidades. Um barato arrebatador a uma mente jovem efervescente de imaginação. A Arte já existia no surgimento dos microprocessadores, e eu fui testemunha. Quando o digital dava os seus primeiros passos, artistas enormemente habilidosos driblavam as limitações realizavam obras maravilhosas.
 
Talvez por esses precedentes de minha juventude e por ser Artista Gráfico profissional, sou profundamente interessado pela Arte Digital na atualidade de uma forma bem ampla. Pinturas digitais, softwares ou 3Ds - são muitas as façanhas computacionais sobre as quais me sinto atraído, mesmo não tendo todas em meu portfólio. Como eu já disse uma vez aqui no blog: sou um desenhista digital, apenas. O desenho simples me satisfaz. Além das técnicas de execução digital, também as aparelhagens para a computação gráfica me despertam muita atenção. Vejo que os materiais tecnológicos se tornaram essenciais para artistas do traço, fato esse visivelmente consolidado em nosso presente e que tem mostrado avanços muito favoráveis às produções de imagens.
 
Não me oponho à Arte tradicional, tenho uma opinião muito voltada a ela. Tanto que a pratico equivalentemente à digital. Gosto muito de lidar com materiais, tintas, papéis, etc… até a sujeira decorrente dessa prática me agrada. Encontro um prazer muito grande com o processo tradicional. E acho incríveis as inúmeras possibilidades de unirmos o digital ao tradicional. Truques tais como os desenhos escaneados tratados em softwares, ou dos softwares transferidos para o tradicional e artefinalizadas fisicamente. Há muitos artistas utilizando cores, tintas e texturas diversas de ambos os métodos, alcançando resultados extraordinários… ou seja: muitas possibilidades podem ser exploradas. É inegável o quanto podemos cruzar fronteiras e usar todos os recursos possíveis e ao nosso alcance.

Para escrever vai bem exibir algum estilo, fazer arranjos e dispor de assuntos para abordar. Ao empreender em um blog, deve-se ter em mente ...

Para escrever vai bem exibir algum estilo, fazer arranjos e dispor de assuntos para abordar. Ao empreender em um blog, deve-se ter em mente a necessidade de possuir uma voz, aquele timbre textualmente distinto. Em uma alegoria de meus pensamentos, este blog é como meu intelecto vestindo sua roupa com corte sob medida, envergando uma indumentária a qual representa justamente a sua personalidade perante meus leitores.

Ainda que sem pretensão alguma, escrever um blog depende de envolvimento e de se investir tempo. Envolver-se é fundamental, pois a disciplina faz a constância estar presente e, junto a ela, o aprimoramento. Já o tempo, é preciso reservar algum, mesmo quando não se tem. Eu, por exemplo, tenho pouco tempo para o blog. Mas e daí? Deixarei de escrever por isso?
 
Avançando esses passos, há o seguinte: a organização. A maioria de nossas atividades cotidianas requer de alguma metodologia aliada a planejamentos subsequentes. Anotar pautas, estudar, pesquisar... tudo isso precede o ato de escrever. É preciso consistência, pois sem ela, estamos diante de palavras agrupadas sem destino algum. Há blogs com textos extremamente subjetivos e poemas... entretanto, isso não faz parte da minha experiência de blogar, estou em outro nicho e vislumbro outros escopos. E deixo claro de nada ter contra textos estilizados artisticamente, ou extremamente subjetivos. Aprecio, inclusive.
 
Atendo-me à minha escrita e a respeito desta expressão, só digo que encontro muita satisfação e prazer no tom de minha escolha. Sempre volto aqui quando tive alguma experiência válida de ser compartilhada, ou para contar das novidades em torno das incursões artísticas do cotidiano. Considero este blog um QG, o abrigo onde há todos os registros segundo a minha particular visão de mundo e tudo mais dentro seara das atividades de campo a relatar. Assim, redijo os pensamentos e reflexões e entrego a quem tiver curiosidade.
 
Como eu já disse anteriormente, para manter um blog só preciso de um computador, um celular e conexão à internet. E algumas ferramentas... em um post de dia desses eu falo algo sobre elas. Atualmente tenho usado uma nova: o Notion. Estou apreciando lidar com ele para minhas pautas e calendários de eventos. E nem só para escrever está servindo, suas aplicações cruzam as necessidades do blog. Talvez eu fale melhor do Notion no futuro.
 
Ressalto que o ato de blogar é deliberado, um produto de mera iniciativa e desapego... hoje, é raro encontrar um blogueiro lucrando (exclusivamente com essa plataforma), ou obtendo fama através de posts pessoais. Talvez, entre os remanescentes da mídia, estão os blogs com tutoriais e resolução de problemas técnicos sobre softwares e hardwares (hoje, já sendo substituídos por canais no YouTube). Possivelmente, os blogs sobre jogos eletrônicos ainda estejam em um bom pique, como o Arquivos do Woo, uma de minhas leituras habituais.

Nem por isso vou parar, continuarei sempre usando este espaço com todo o entusiasmo e vontade - sempre e enquanto for oportuno.

  Chego ao fim de Ato Falho. Essa webcomic foi a "menina de meus olhos" durante um bom tempo. A escrevi com imensa satisfação e de...

 


Chego ao fim de Ato Falho. Essa webcomic foi a "menina de meus olhos" durante um bom tempo. A escrevi com imensa satisfação e deixo ela no mundo com a sensação de ter dado um destino digno aos meus queridos personagens.

Obrigado a todos que me apoiaram, leram e ajudaram comentando e divulgando essa minha obra.

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