Seguimos com a vontade e objetivo de fazer Arte (um hobby no meu caso), desejando encontrar expressão neste mundo imenso e de caminhos encurtados virtualmente. Assim, tomando impulso na propagação informacional instantânea, considero-me também com o poder de alcançar um público. Uma modesta ambição de um artista humilde, fazendo tudo "na encolha", sempre em nome de suas paixões.
Do fim do ano passado, até o meio deste, tivemos um pequeno hiato aqui no blog. Não foi algo que me fez bem, no entanto, voltar a blogar aconteceu naturalmente quando recuperei um backup em meu drive. Trazendo de volta o que estaria perdido, foi mais favorável prosseguir. As aventuras desse ano foram muitas, houve perdas e ganhos, houve amadurecimento e algumas mudanças, e também permanências. Ou seja: o curso da vida.
E ainda tive a impressão de que desenhei menos em 2024. Uma falsa sensação resultante do hercúleo trabalho dedicado ao meu portfólio online. Isso realmente me tomou tempo... meses. Afinal, ainda assim, terminei mais um sketchbook e os três capítulos da minha webcomic Vivi Morbi. Quer dizer: nada mau para quem se considerou pouco produtivo, não é?
Ok, vamos ao balancete dos anos de 2023 e 2024, já que o indesejado hiato aconteceu nesse ínterim:
01/01/2023 - Estreia da sessão ˜Abstraço˜ aqui no blog. [link]
19/02/2023 - Collab com Milli Camacho "As duas Lucys˜. [link]
02/04/2023 - Ato Falho lido no LQN.
02/06/2023 - Resenha de Shockstar na Zona Negativa: [link]
18/06/2023 - Menção em Três Pitacos Nerds. [link]
01/07/2023 - Chega ao fim o Ato Falho. [link]
26/07/2023 - Shockstar no Pitacos Nerds 42. [link]
05/09/2023 - Saí do Twitter/X. [link]
15/11/2023 - Mudei de domicílio. [link]
07/04/2024 - Estreia Vivi Morbi [link]
17/06/2024 - Volta do blog após hiato (agora como "Homem Quieto").
19/08/2024 - Ilustração no Sonoridades Múltimplas. [link]
25/09/2024 - Participação no WowVerso 2024. [link]
14/10/2024 - Voltei ao Flickr. [link]
25/11/2024 - Aniversário de 6 anos no Blog. [link]
Desejo um final de ano abençoado a todos. Boas festas!
Seguimos com a vontade e objetivo de fazer Arte (um hobby no meu caso), desejando encontrar expressão neste mundo imenso e de caminhos encur...
Se o Artista unir técnica e conhecimento, estamos a poucos passos de uma boa execução. Caso já exista algum tempo de prática, então a reali...
Se o Artista unir técnica e conhecimento, estamos a poucos passos de uma
boa execução. Caso já exista algum tempo de prática, então a realização
será (quase) seguramente excelsa. Bastaria essas afirmações e
encerraríamos o assunto por aqui. Mas não é apenas isso. Precisamos ir
além de bons resultados, é necessário buscarmos o prazer da execução e
nos deleitar com o processo.
Aprender, fazer, repetir, repetir
novamente e atingir um objetivo... tudo isso é de grande valor e precisa
ser observado. Quando estamos nos colocando em um projeto e fruímos em
todos os detalhes e etapas até desmoronarmos de fadiga, bem sabemos o
sabor dessa tragada. É um sentimento dividido e belo de se vivenciar. Só
faz deste jeito quem tiver a verdadeira chama crepitando no peito e a
alma completamente inebriada.
Porque é como o vinho, a poesia ou a virtude:
um tipo de embriaguez. Rodeado por livros de referências, revistas e
arquivos digitais mil, para mim, tudo se encaixa e está me gratificando
diariamente a vida, ao passo que também a está consumindo e a
encurtando. Meus olhos percorrem obras na caça por minúcias, avaliando
as
técnicas e o quanto de conhecimento foi utilizado. Pergunto-me: " quanto
durou aquela estrada?". Nas navegações no YouTube assisto
tudo sendo feito diante de minhas retinas... Vou ao encontro de
artistas em várias partes do mundo, demonstrando suas habilidades
através de audiovisuais em alta resolução.
Afundo em tudo até o impossível. O fascínio nunca se extingue, ao contrário,
intensifica-se progressivamente. Há um constante envolvimento com novas obsessões
artísticas e as recorrentes revisitações de quaisquer outras quase esquecidas. Está em meu
âmago: abro páginas de quadrinhos escaneadas, ou de meu acervo físico e
somente aprecio - como uma bebida ou uma joia preciosa.
Elaboro
os meus roteiros e me volto ao manejo da tinta e do grafite. Avanço
entre papéis e gadgats de desenho, manipulando pixels, gigabytes
de arquivos editáveis em horas e horas que não vejo no relógio. Mesmo
com minha mente e os olhos cansados e as costas precisando de
alongamento, sempre há algo a ser feito. Enquanto observo todo o trabalho repousando em
minha workstation - entre um intervalo e outro -, divago a respeito de tudo e reviso
mentalmente o quanto dos meus dias dediquei àqueles fazeres, o quanto de mim foi
aplicado. Estive nessa por anos... vidas passadas, talvez.
A
minha Arte e as de meus contemporâneos precisam ser reviradas ao
avesso, destrinchadas pelo público. Produzimos para isso: fazer todos se
banharem, usarem e desusarem, dissecarem cada pedaço de nossas
criações. O desejo maior de um quadrinista é apenas esse: o de excitar e
saciar mentes ávidas por prazeres estéticos, visuais e narrativos.
Precisamos - reciprocamente - dos apreciadores.