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Há uma vasta gama de possibilidades ao desenharmos com a ausência das cores e com a soma de todas elas: o preto e o branco. É claro que em t...

01/06/2022 - O Preto e Branco

 

Há uma vasta gama de possibilidades ao desenharmos com a ausência das cores e com a soma de todas elas: o preto e o branco. É claro que em torno das cores, orbitam fundamentos científicos diversos, os quais comprovam o quanto é possível atingir sensorialmente quando exploramos este campo de estudos. A História da Arte nos mostra que a influência das cores - presentes desde a propaganda, passando pelo entretenimento, até os museus - atrai o interesse e encantamento de multidões, não importando quais as suas origens. Entretanto, quando há apenas duas possibilidades - o minimalismo de dois elementos -, o assunto também passa a ser igualmente interessante e profundo.

O Yin e o Yang, a luz e a sombra, o preenchimento e a ausência.

Sempre gostei da arte monocromática, observando-a tanto em obras de autores como MC Echer, quanto nas páginas das Histórias em Quadrinhos (Conan, Dylan Dog e Hellboy, etc). As múltiplas possibilidades do preto sobre o branco trazem elegância e, segundo as habilidades do Artista, leituras de imagens extremamente agradáveis aos nossos olhos.

O alto contraste e as projeções rígidas em preto no Desenho também necessitam de muita atenção e conhecimentos. Essas técnicas causam estímulos marcantes ao observador. Do lado de quem executa a Arte, os usuários do nanquim puro - às vezes aliado à tinta branca - transformam claro e escuro em efeitos de subtrações, tridimensionalidades, profundidades e volumes.

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Já estou aprendendo, observando e tentando chegar lá. Há muito a ser estudado ainda e esses desafios são sempre intensas motivações, cuja tenacidade exigida é de onde retiro o entusiasmo em absorver ideias. A cada dia colho um pouco de meus esforços e o processo ensina, mostra possibilidades e me faz querer melhorar. Essa disposição pela constante produção traz muita energia e torna ainda mais deleitoso o meu caminhar ao longo da vida.

Durante os meses passados, coloquei em prática algumas tentativas com a arte monocromática, usando tinta nanquim e recursos digitais. O resultado foi um fanzine de vinte páginas intitulado “Black Ink Girls”. Um nome já bem sugestivo se considerarmos o teor deste post. Neste volume virtual (em PDF), faço uma coletânea dos meus melhores resultados iniciais, trazendo concepções com a estética de luz e sombra sem tons intermediários. Espero que o leitor goste.